SPL22 • Inovação nas Profissões de Saúde

  • Segundo o CESE, Comité Económico e Social Europeu, cerca de 22% dos trabalhadores da Europa estão ligados às áreas das profissões liberais
    Em termos macro , sobre o que se passa em Portugal no setor, excluindo artes e cultura, para podermos efetuar comparação com o nossos país vizinho:
  • 21,7 % do VAB, Valor Acrescentado Bruto da economia,
  • 16,5% do emprego direto,
  • 26,3. % do tecido empresarial e
  • 28,7 % do investimento empresarial em I&D, Investigação e Desenvolvimento.

Em Espanha, onde as profissões e os profissionais liberais estão muito mais protegidos nos seus direitos e valorizados nos seus deveres, segundo a Unión Profesional, que vai estar representada no Fórum, e que agrupa cerca de 1.500.000 de profissionais abrangendo os subsetores jurídico, da saúde, económico, social, científico, arquitetura, engenharia e docência, o sector dos serviços profissionais representa,

  • 13,1% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia,
  • 14,4% do emprego direto,
  • 19,1% do tecido empresarial e mais de
  • 30% do investimento empresarial em I&D, Investigação e Desenvolvimento.

Ou seja, duas realidades muito próximas, a portuguesa e espanhola, na sua importância para a construção europeia termos estatísticos, como seria de prever. Mas muito diferentes no reconhecimento efetivo. Temos uma absoluta necessidade de efetuar mais estudos e caracterizar a realidade das profissões liberais em Portugal. Para os profissionais liberais na área da saúde são fundamentais a qualificação, a autonomia, a independência, a confidencialidade, a manifestação do conflito de interesses, de entre outros valores fundamentais, que distinguem e projetam o profissional liberal. Qualificação e capacidade de risco balizados por princípios éticos e deontológicos, capazes de se estruturarem e autorregularem .

Há uma tradição de autonomia, de independência de autorregulação na organização das profissões liberais que, de forma evolutiva naturalmente nos acompanha até aos dias de hoje. E , naturalmente de ética profissional ; a ética intrínseca ao exercício de todas as profissões liberais. A ética ao lidar com a assimetria de informação que os profissionais liberais qualificados detêm na prestação dos seus serviços. Embora o acesso à informação digital tenha diminuído em grande parte este fosso da assimetria de informação entre o profissional liberal e os seus clientes ou doentes, a interpretação da informação, continua a ser fundamental. 

As organizações têm um caminho a percorrer. Não apenas em termos de governança, de inclusão, de sustentabilidade, nomeadamente económica e ambiental, de manifestação de conflitos de interesse, mas também de levar em linha de conta a ética das profissões. O cidadão, tem o direito de saber que saber que as organizações e empresas, públicas ou privadas ou do setor social onde os profissionais liberais prestam serviços ou onde exercem são cumprem com os códigos de conduta ou corporate , mas também de ética profissional. 

Um profissional liberal não deixa de o ser por trabalhar por conta de outrem e ter um contrato de trabalho clássico. Um médico não deixa de ter a sua autonomia técnica, a sua independência a sua ética por estar inserido no Serviço Nacional de Saúde … Os valores de um profissional liberal e as suas traves mestras mantém-se independentemente da relação contratual.

Há oportunidade acrescida no sistema de saúde português para um modelo sem fins lucrativos que aproveite as vantagens da prática privada, mas que opere sem um foco primário no lucro. Esta abordagem poderia contribuir para deslocar o foco para a qualidade dos cuidados médicos em detrimento da quantidade de procedimentos realizados, assegurando que os profissionais de saúde possam adequadamente remunerados pelos suas valiosos contributos profissionais.

Este painel aborda o tema, estimulando que várias partes interessadas o discutam criando valor, ao mesmo tempo que promovem o conceito. Isto é particularmente relevante, dado o baixo nível de consciencialização sobre todo o modelo social e, especificamente, o modelo de cooperativa médica em Portugal.

A oportunidade de promover a literacia sobre o assunto, permitindo que diversos interessados participem em discussões aprofundadas sobre o tema .O objetivo é melhorar a compreensão e a consciencialização dos modelos cooperativos e do terceiro setor na gestão de cuidados de saúde em Portugal. Este foco na promoção educacional é fundamental, dado o interesse generalizado e os diferentes graus de familiaridade com estes modelos, tanto entre o público como entre os profissionais.

1 de junho | 09h30-11h00 | Coordenador: Orlando Monteiro da Silva

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